Em nosso último post, descrevemos os movimentos de rotação, translação e conceitos de equinócio e solstício, tão discutidos nos projetos de sistemas de energia solar fotovoltaica.
No post de hoje falaremos o ângulo de inclinação do módulo solar fotovoltaico e como este posicionamento influencia no desempenho de seu sistema de energia solar fotovoltaica.
Embora o ângulo de inclinação ideal para o seu painel solar fotovoltaico seja um ângulo igual à latitude do local de instalação, a fixação plana de sua placa solar fotovoltaica sobre um telhado inclinado não irá resultar numa grande diminuição no desempenho do sistema. Deverá, no entanto, ter em consideração o ângulo do telhado ao dimensionar seu sistema.
A escolha incorreta da inclinação da placa solar fotovoltaica reduz a captação dos raios solares e compromete a produção de energia elétrica pelo módulo solar fotovoltaico, comprometendo o sistema.
O ideal é que a instalação permita que os raios solares incidam o mais perpendicularmente possível à superfície do módulo. Ou seja:
O ângulo de inclinação dos módulos fotovoltaicos deve permitir que o maior fluxo de Radiação incida sobre o painel solar fotovoltaico mais perpendicular possível !!!
Isso é fundamental para maximizar a geração solar fotovoltaica do sistema instalado.
☼ Fontes de Dados de Radiação:
Atualmente, existem diversas fontes de dados de radiação solar disponíveis na internet e com os diversos dados de irradiação solar para o território brasileiro fornecida por diversas fontes podem haver discrepâncias apreciáveis.
Isso acontece devido ao número de fontes que subsidiam essas medições, ou seja, quanto menor a quantidade de bases meteorológicas maior será a área de interpolação.
Não se pode dizer que uma fonte está certa e outra está errada e sim o que verificamos é qual fonte apresenta valores com um número maior de referências.
Caso se faça o dimensionamento de um determinado sistema de energia solar fotovoltaica, considerando um valor único de irradiação solar, e se opte por uma atitude conservadora, o valor adotado para o dimensionamento seria o “pior mês” dentre todas as fontes a que se tiver acesso, o que, na figura dos dados de Rio Branco, por exemplo, corresponde ao mês de fevereiro no Atlas-UFPE.
Por outro lado, caso necessite a sequência de valores mensais de irradiação para o dimensionamento, como seria o caso de utilizar algum software de simulação, então a atitude mais conservadora seria compor uma sequência utilizando os piores valores para cada mês (“pior janeiro”, “pior fevereiro” etc.) disponíveis em todas as fontes.
O Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), por meio da Divisão de Clima e Meio Ambiente do Centro de Previsão do Tempo e Estudos Climáticos, coordena projetos que visam atender essa demanda por informações no setor energético. Os projetos SWERA (Solar and Wind Energy Resources) e SONDA (Sistema de Organização Nacional de Dados Ambientais para o setor de energia). Informações detalhadas sobre esses projetos e acesso a base de dados geradas em cada um pode ser obtida em http://swera.unep.net/swera/ e www.cptec.inpe.br/sonda/. Este trabalho tem como principal objetivo apresentar os primeiros resultados obtidos da comparação dos desvios apresentados pelas estimativas da irradiação global fornecidas pelo modelo de transferência radiativa BRASIL-SR, alimentado por dados de satélite, e pela interpolação de dados coletados em superfície.
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