Um sistema de geração elétrico fotovoltaico é composto de diversos equipamentos de longa durabilidade. Mesmo que o desembolso inicial possa ser considerado alto, o sistema dura em torno de vinte e cinco anos (e, em linhas gerais, se paga em cinco), tornando-o um investimento muito rentável.
Porém, para um bom funcionamento e durabilidade, precisamos lembrar que o sistema de geração fotovoltaica fica ao ar livre e, por isto, está sujeito a diversas intempéries que podem prejudicar sua performance. Dessa forma, esses equipamentos precisam de dispositivos de proteção.
A quais riscos os módulos solares estão expostos?
Embora possa variar de localidade para localidade, podemos dizer que no Brasil as maiores ameaças para sistemas fotovoltaicos são descargas elétricas, chuvas fortes e granizo. Dentro dessas, os raios são os mais frequentes e os mais danosos, já que os módulos são resistentes ao impacto do granizo.
Raios podem acarretar em surtos e curtos elétricos no sistema. Os surtos — que são variações na corrente elétrica — podem causar a queima de aparelhos elétricos, problemas no sistema fotovoltaicos, choques em pessoas ou animais e até mesmo incêndios.
Principais sistemas de proteção para instalações fotovoltaicas
Contra cada consequência que uma descarga atmosférica possa ter no sistema fotovoltaico, exige um sistema de proteção. Abaixo, detalhamos as principais que devem fazer parte da sua instalação.
Sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA)
Sendo os raios a principal ameaça ao sistema, um sistema de proteção contra descargas atmosféricas (SPDA) é necessário. De maneira simplificada, essa proteção é um pára-raios com um fio aterrado, para dissipar descargas elétricas.
Essa proteção deve ser aplicada em em todos os equipamentos solares e na estrutura de fixação expostos e que podem ser eletrificados durante uma descarga atmosférica. A disposição do pára-raios e a proximidade com outras estruturas e instalação são regidas pela norma ABNT NBR 5419.
Dispositivos de proteção contra surto (DPS)
Surtos são variações rápidas e fortes na tensão elétrica, que podem queimar aparelhos elétricos, assim como danificar os equipamentos do sistema. Raios podem causar surtos por de maneira direta ou indireta. Quando direto, a descarga atmosférica atinge os módulos ou outros equipamentos do sistema. Chamamos de incidência indireta quando a irradiação do campo eletromagnético gerado pelo raio é conduzido pela estrutura metálica, o que pode acontecer mesmo quando a descarga acontece a alguns quilômetros.
Para prevenir contra este tipo de problema, é preciso instalar um dispositivo de proteção contra surto (DPS). Esse sistema protetivo é um dispositivo ligado entre as fases e o aterramento de proteção. Funciona através da variação da impedância entre dois pontos: a impedância fase-neutro ou fase-terra.
Quando não está em atividade, o DPS age como um circuito aberto, mal sendo percebido na instalação. Quando um surto de tensão ocorre, o DPS torna-se um circuito fechado desviando a corrente do condutor com sobretensão para o aterramento, diminuindo a variação na tensão para outros equipamentos conectados ao circuito.
Quer proteger sua instalação fotovoltaica? Converse com os especialistas da Solar Brasil para saber quais sistemas de proteção são adequados para sua instalação fotovoltaica.